POSSIBILIDADE DE OCUPAÇÃO URBANA CONSOLIDADA EM ÁREA DE PRESERVAÇÃO PERMANENTE – APP
O Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP) firmou entendimento sobre a possibilidade de ocupação de área urbana consolidada em Área de Preservação Permanente (APP) (TJSP, Apelação nº 1093470-69.2024.8.26.0053).
Trata-se de Ação Civil Pública Ambiental proposta pelo Ministério Público contra a Prefeitura Municipal de São Paulo e outra parte, com o objetivo de anular um alvará de construção referente a imóvel localizado em APP, na Avenida Bosque da Saúde, São Paulo, SP.
Em primeira instância, o pedido foi julgado improcedente. Contra a sentença de improcedência, o Ministério Público interpôs recurso de apelação, buscando reverter a decisão.
O Tribunal de Justiça de São Paulo, entretanto, negou provimento ao recurso e manteve a sentença de improcedência sobre o fundamento no qual a ocupação da área urbana é consolidade e anterior à edição da Lei nº 7.511/1986, que marcou o início da proteção legal das margens de cursos d’água em zonas urbanas. Dessa forma, inviável a aplicação retroativa da restrição legal à APP em ocupações consolidadas, altamente urbanizadas e impermeabilizadas há décadas.
O julgamento ratificou o entendimento consolidado da jurisprudência do TJSP, segundo o qual se reconhece que, em áreas densamente urbanizadas, onde já se perdeu a função ecológica original e houve plena integração à malha urbana, não se justifica a imposição de recomposição de vegetação ou impedimento de uso do solo para fins urbanos.
Para mais informações, procure o Drumond Advogados, no e-mail: contato@drumondadvogados.com.br ou pelo telefone no número (11) 3107-9250.
Relacionadas Leia Também
-
POSSIBILIDADE DE OCUPAÇÃO URBANA CONSOLIDADA EM ÁREA DE PRESERVAÇÃO PERMANENTE – APP
O Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP) firmou entendimento sobre a possibilidade de ocupação de área urbana consolidada em Área de Preser...
-
NOVAS REGRAS DO JULGAMENTO VIRTUAL NO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DE SÃO PAULO
O Tribunal de Justiça de São Paulo publicou a Resolução nº 984/2025 que regulamenta o fluxo de julgamento eletrônico (ou virtual) nos órgãos...
-
DISPENSA DE OUTORGA PARA PEQUENOS BARRAMENTOS: O QUE DIZ A RESOLUÇÃO CONJUNTA SAA/SIMA Nº 4/2022
A Resolução Conjunta SAA/SIMA nª 4/2022 trouxe importantes diretrizes para a implantação de barramentos e reservatórios voltados à irrigação...
-
A NECESSIDADE DE PENHORA PRÉVIA PARA A EXPROPRIAÇÃO DE BENS
O Superior Tribunal de Justiça (STJ) consolidou entendimento importante sobre a necessidade de penhora prévia como requisito essencial para ...
-
TEMA 1.368/STJ: JUROS MORATÓRIOS E A CONTROVÉRSIA SOBRE A APLICAÇÃO DA SELIC NO CÓDIGO CIVIL
O Superior Tribunal de Justiça (STJ) afetou os recursos especiais ou agravos em recursos especial, sob o rito dos recursos repetitivos (arti...
-
CURATELA X TOMADA DE DECISÃO APOIADA: PRINCIPAIS DIFERENÇAS
Quando uma pessoa adulta começa a enfrentar limitações para gerir seus próprios atos e interesses, é natural que surjam dúvidas sobre como g...





